domingo, 24 de novembro de 2013

Quando o nosso amor morre?

E quando o teu terceiro amor te deixa
Tu irás querer suicidar-te
Mas não o farás.
O teu terceiro amor
foi o teu verdadeiro amor
Trouxe-te paz, quando o teu corpo era a tua arma.
"Parei de tomar banho,
Conforto faz-me lembrar dela.
Tentei queimar as prendas dela.
Tentei segui-la;
Tentei adormecer sem ela.
Abri a janela porque ela iria querer que a fechasse!
Liguei o rádio, porque ela não consegue durmir sem barulho,
E eu não consigo durmir sem barulho porque o barulho lembra-me dela!
Barulho esse que me sussura imagens de pequenos almoços a dois
e faz com que a chuva fique muda
Faz com que a chuva não tenha quaisquer semelhança com a voz dela!"
Não... fiques... sozinho.
Quando estás sozinho
Não conseguirás fazer nada daquilo que fazias com ela
Tu não farás nada.
Ela que apesar de cansada ela abria as torneiras da banheira
e acendia as velas
Ela, alguém que me fez ser alguém que poderia amar  alguém
Ela fez-me querer viver mais do que tudo
E agora ela só me faz querer partir.
Porque tu já viste o mundo,
Nela.
Viste as cores, formas, sons tudo o que ela te mostrou.
Durante meses, anos
Cada vez que a via ainda sentia vontade de a beijar
Quando o fazia, esperava pacientemente pela dor
Como um cão velho que nunca se quer abater.
Tu irás te lembrar
Ela irá te fazer lembrar
Nós iremo-nos lembrar
Que será melhor assim
Que somos fisicamente impossíveis de amar o outro
E nesses momentos irei mentir redondamente!
O meu coração irá gritar
"Eu consigo! Eu consigo! Eu consigo..."
Mas irei permanecer no silêncio
Por ela
Porque ela assim o pediu
Porque ela sentiu algo em ti e no entanto continuou o seu caminho.
Mesmo ela tendo partido.

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