sábado, 20 de abril de 2013

Pensamentos soltos

Ás vezes dou por mim a preocupar-me que tudo o que penso e que me motiva não parte de mim, mas que fui programada para isso. Ao ler, conviver e até música. Que parte disso tudo sou eu?
As minhas próprias experiências vêem-se na verdade bastante pequenas, eu não penso no que está para lá da humanidade, em coisas mais importantes, menos frívolas. Eu não penso nas estações do ano e em como é que cada estação me influencia como pessoa; se me sinto mais calma numa noite quente, enquanto que uma brisa me varre os pensamentos e me deixa menos humana e mais parte de uma coisa maior, a que todos pertencemos mas que todos vemos como algo adquirido.

Parecemos rodeados por paredes sem janelas, paredes grossas rodeadas por mais paredes grossas. E nunca sabemos se está a chover ou se as árvores mexem ao sabor do vento ou até o estrondo dos trovões. Esta situação apesar de ser triste, deixa-me ainda mais chocada. Começámos a ver o mundo exterior de outra forma, e então a saudade de tudo isso passou assim a ser algo desconhecido. Como não o conseguimos senti-lo por inteiro, deixou assim de existir.

A realidade para nós é o tempo que se estende entre os segundos, nos minutos, horas, dias e assim por diante; é a nossa vontade de sermos aceites na sociedade e a constante pressão que nos é impingida; e finalmente aquilo que nos faz ter sentimentos e ou pensamentos de outros que sem querer nos submeteram aos seus próprios pensamentos, influenciando cada um de nós-  mídía. 
Tudo é gerido em redor do tempo, de datas e eventos, e eu encontro-me num estado de constante antecipação, contudo eu não sei o porquê, a razão de tal antecipação.

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