Eu farto-me de guardar e ser a tua roupa suja. O meu corpo não é o teu armário, onde podes pedurar as tuas inseguranças onde te apetece! Lembras-te de todas as vezes que me deixaste sozinha? Ninguém sabe que seguras na minha mão, ninguém sabe que te chamo baby, ninguém sabe que tens um blog onde escreves poemas em anónimo, o tipo de poemas que não podes postar no teu facebook.
Porque apesar do que pensas daquilo que posso mercer ou daquilo que valho, eu não quero ser essa rapariga. Que só te faz sorrir quando se comporta bem na cama. Aquela rapariga que leva o dia todo a sonhar com a noite de sábado! Aquela rapariga que é capaz de entregar o corpo só para que a toques, mesmo este sendo supérfulo. Atraves-te a fechar-me num quarto onde para nós nada mais existe que paredes e lençóis, até porque se algum rumor se espalhar irão todos saber que tudo é sobre mim! E que a tua cabeça, coração e corpo ainda me pertencem!
As minhas lágrimas pertencem-te.
Queres-me abraçar, mas não me queres, e estou a ponto de não conseguir aguentar o volume ensurdecedor deste silêncio!
Queres-me aconchegar nos teus braços, mecher-me no cabelo até adormecer e fingir que não me conheces...
Sou como uma filha bastarda, do qual o pai não quer saber, mas para mim a rejeição não é passada em fins-de-semana com a outra familia, para mim rejeição é quando passas por mim na rua e baixas a cabeça e nem me falas. Lembro-me do tempo em que nem conseguias parar de olhar para mim.
Eu não consigo perceber o porquê do facto de tu me poderes amar ser visto como algo mau.
Cheguei à conclusão que queres que seja "aquela rapariga", que todos querem ter mas ninguém quer conhecer. 2Aquela rapariga" que só é boa enquanto não se tem alguém bom o suficiente para se estar.
Estás com ela, mas o que mais me magoa é ver o quão ela é parecida comigo! Lê os sinais baby, se não conseguires, olha para as nossas feições. Olha para mim, fui a primeira, a única, o protótipo e ela é apenas um duplicado, lembra-te que não podes fazer cópias sem consultares o trabalho original. Ela irá tentar escrever sobre ti, mas as palavras dela não terão nem metade da intensidade das minhas, irás abraçá-la mas não conseguirás abraçá-la por completo pois metade da tua força estará comigo nos meus lençóis, a tua outra metade está comigo na minha mente, alma e corpo, a tua outra metade estará a beijar os meus lábios de domingo a sexta. Eu não quero lutar para te poder partilhar, eu luto pelo respeito, porque não contento em ser aquela pela p*ta que espera por algo mais, não me contento em ser algo que preenche as tuas noites vazias, em ser o teu armário. Nunca me irás reduzir a isso, a uma p*ta, a uma vaca, porque prefiro passar noites sozinha e a chorar no meu quarto do que alguma vez ser "aquela rapariga".
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